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Citações

“É necessário sair da ilha para ver a ilha, não nos vemos se não saímos de nós.”
José Saramago
“Não há motivos mais aliciantes que os duma ilha; que já no recorte dela nos pede aventuras e imaginações, e, no que contém como realidade, é já romance acabado. Gente nobre a vil, raças variadas, lugares tremendos, costumes felizes, lances tristes, flora abundante. Em aproximar-se a gente, vinda por mar, dizem que o perfume das flores inunda os ares”.
Agustina Bessa-Luís. 1987. A Corte do Norte. Lisboa: Guimarães Editores, pp. 94-95.
“As ilhas são ventre das vidas errantes”.
Agustina Bessa-Luís. 1987. A Corte do Norte. Lisboa: Guimarães Editores, p. 95.
“A ilha [da Madeira] veio das entranhas do mar, como a Vénus Calipígia; despontou uma frondosa nuvem que a cobriu toda, abrigando-a do sol, chamando os nevoeiros como coroa de cabelos brancos. Era tão bela como uma mulher que estende os cabelos e os penteia, os cabelos de til, de jacarandá, de cânfora e de canela”.
Agustina Bessa-Luís. 1987. A Corte do Norte. Lisboa: Guimarães Editores, p. 35.
“a ilha podia ser o lugar onde toda criatura humana, esquecendo o próprio saber desmedrado, encontraria, como um menino abandonado na floresta, uma nova linguagem capaz de nascer de um novo contato com as coisas.”
Umberto Eco. 1995. A ilha do dia anterior. São Paulo: Record, p. 353.
“Parcelle de terre cernée par la mer, barque perdue au sein de l’Océan, l’île manifeste mieux que tout la condition de l’homme, protégé à la fois de ses semblables et en même temps douloureusement séparé d’eux”.
Robert Baudry. 1997. “L’île : carrefour du merveilleux”, in Îles des merveilles. Mirage, miroir, mythe. Actes du colloque de Cerisy. Paris: L’Harmattan, p. 281.
“não ignoro que todas as ilhas, mesmo as conhecidas, são desconhecidas enquanto não desembarcamos nelas.”
José Saramago. 2015. O Conto da Ilha Desconhecida. Porto: Porto Editora, p. 35.
“Quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou quando nela estiver, Não o sabes, Se não sais de ti, não chegas a saber quem és”.
José Saramago. 2015. O Conto da Ilha Desconhecida. Porto: Porto Editora, p. 43.
“l’île, c’est aussi l’origine, l’origine radicale et absolue”
Gilles Deleuze. 2002. “Causes et raisons des îles désertes”, in L’île déserte et autres textes : textes et entretiens (1953-1974). Paris: Editions de Minuit, p. 12.
“L’essence de l’île déserte est imaginaire et non réelle, mythologique et non géographique”.
Gilles Deleuze. 2002. “Causes et raisons des îles désertes”, in L’île déserte et autres textes : textes et entretiens (1953-1974). Paris: Editions de Minuit, p. 14.
“The world is full of islands”.
Godfrey Baldacchino. 2006. Extreme Tourism: Lessons from the world cold water. Oxford: Elsevier, p. 4
“[a]n island can be both paradise and prison, both heaven and hell. An island is a contradiction between openness and closure, between roots and routes”.
Godfrey Baldacchino. 2006. Extreme Tourism: Lessons from the world cold water. Oxford: Elsevier, p. 4